quinta-feira, 18 de junho de 2009

CajuCultura

Cajucultura, no Ceará – Maior produtor nacional


Foto: Revista Sebrae Agronegócios
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Produtores do ceará recebem orientações técnicas sobre o processamento da castanha de caju

05/03/2008 - Rosto curtido pelo sol nordestino, a agricultora Rita Maria guarda poucas recordações agradáveis de seus 51 anos de vida. Uma das maiores surgiu há pouco tempo, quando deixou o extrativismo de castanha de caju para se tornar uma produtora na mini-fábrica instalada no município de Tururu, na comunidade Cemoaba. Ela fala com orgulho sobre o espírito empreendedor e solidário presente no dia-a-dia da unidade. “Todos os que trabalham na fábrica são amigos, vizinhos ou da família mesmo. Dois dos meus sete filhos trabalham comigo. Isso facilita muito”, diz uma agora satisfeita dona Rita.

A Associação dos Cajucultores de Cemoaba é uma das dez mini-fábricas que fazem parte da Copacaju, cooperativa central que atende 352 pessoas diretamente, e mais de três mil, indiretamente. “Depois da criação da cooperativa houve um incremento de 25% na renda média desses produtores rurais, fundamentado principalmente na cultura da cooperação através da economia solidária”, afirma Antônio Vieira, gestor local do Projeto Mini-fábricas de Castanha de Caju pelo Sebrae/CE.

No Ceará, maior produtor de castanhas de caju no Brasil, o projeto atende cerca de três mil pessoas diretamente, e outras quatro mil de forma indireta. São agricultores de Barreira, Pacajus, Icapuí, Fortim, Tururu, Granja, Aracati e Ocara. No estado há também uma unidade central onde a amêndoa é armazenada, embalada a vácuo e comercializada. Nos últimos quatro anos, os investimentos superaram os R$ 3,5 milhões. Segundo Vieira, “Antes os produtores não tinham ocupação rentável. Agora o caju é a principal fonte de renda deles, que se preparam para avançar rumo a outros subprodutos, como cajuína, doce e polpa para sucos”, diz.

A história do beneficiamento da castanha de caju no Ceará começa em 2000, quando dez municípios com potencialidade para a cajucultura, e com baixo Índice de Desenvolvimento Humano – IDH, despertaram para o negócio. Até então, não possuíam logística nem escala de produção suficiente para viabilizar o beneficiamento nas próprias comunidades locais. Tratava-se de uma atividade agrícola sazonal, ocorrida apenas entre os meses de setembro e dezembro de cada ano.

Mesmo assim, cada uma dessas comunidades já produzia, anualmente, pelo menos 300 toneladas de castanha de caju in natura, dando-lhes a convicção de que havia ali um grande potencial econômico. Assim, começaram a discutir estratégias para otimizar essa produção. A saída era clara: beneficiar, elas próprias, as suas castanhas de caju, utilizando a mão-de-obra local.

Do sonho à realidade

Foto: Revista Sebrae Agronegócios
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Em Aracati, produtores mostram, satisfeitos, o resultado de seu trabalho na mini-fábrica local

O que a princípio poderia parecer um sonho, logo começou a se transformar em realidade. Um diagnóstico setorial em todo o Ceará identificou 148 mini-fábricas de beneficiamento do produto já instaladas, mas sem funcionamento por diversos motivos, como falta de capital de giro e custeio, deficiências técnicas, inexperiência em manufatura, gestão e mercado, até ausência total de lideranças com conhecimento e afinidade com a cultura da cooperação. “Apenas seis mini-fábricas funcionavam precariamente, e somente no período da safra”, lembra Vieira.

Nesse mesmo período, outras comunidades com igual potencial surgiram, e as instituições envolvidas acataram as respectivas demandas, desde que as condições estabelecidas para assegurar o sucesso fossem aceitas: compromisso com o segmento social formado por jovens e mulheres; participação no processo intensivo de capacitação, focado na cultura da cooperação, gestão e finanças; boas práticas de fabricação, empreendedorismo e mercado.

Como resultado dessa união nasceu a idéia de revitalizar e implantar minifábricas de beneficiamento de castanha de caju no Ceará, amparadas com os suportes gerencial, técnico, financeiro e mercadológico, a partir de um plano de negócios, passando pela definição dos papéis institucionais e pela escolha de seus respectivos gestores estaduais.

Capacitação para o Mercado

O Sebrae ficou com a responsabilidade de capacitar as comunidades em áreas como gestão, empreendedorismo e práticas da cultura de cooperação, além de desenvolver e implantar um modelo de gestão adequado, moderno e dinâmico que garantisse a funcionalidade das mini-fábricas. Para isso, montou uma estrutura operacional e contou com o trabalho de oito consultores contratados exclusivamente para atender às demandas desse projeto.

Em 2004 foram contratados profissionais com conhecimentos específicos em tecnologia de alimentos, pois foi decidido pelo comitê gestor que o beneficiamento das castanhas de caju deveria ocorrer segundo as normas da vigilância sanitária e os conceitos das Boas Práticas de Fabricação – BPF, para competir com segurança no mercado nacional e internacional.

Foi então que surgiu a Copacaju, cooperativa com estrutura física própria e capacidade de classificar, agregar valor, embalar, armazenar e comercializar toda a produção oriunda das minifábricas integrantes do projeto.

Hoje, como principal fornecedor de castanha do caju no Brasil, o Ceará é um exemplo para os demais estados produtores desse item tão brasileiro. É, também, referência quando o assunto é cooperativismo e trabalho coletivo em busca do desenvolvimento social sustentável para os brasileiros que vivem no campo.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Rodovia Transamazônica

A Rodovia Transamazônica (BR-230), projetada durante o governo do presidente Emílio Garrastazu Médici (1969 a 1974) sendo uma das chamadas "obras faraônicas" devido às suas proporções gigantescas, realizadas pelo regime militar, é a terceira maior rodovia do Brasil, com 4.000 km de comprimento, cortando os estados brasileiros do Piauí, Maranhão, Pará e Amazonas. Nasce na cidade de Cabedelo na Paraíba. É classificada como rodovia transversal. Em grande parte, a rodovia não é pavimentada.

Planejada para integrar melhor o Norte brasileiro com o resto do país, foi inaugurada em 30 de agosto de 1972. Inicialmente projetada para ser uma rodovia pavimentada com 8 mil quilometros de comprimento, conectando as regiões Norte e Região Nordeste do Brasil com o Peru e o Equador, não sofreu maiores modificações desde sua inauguração.

Os trabalhadores ficavam completamente isolados e sem comunicação por meses. Alguma informação era obtida apenas nas visitas ocasionais a algumas cidades próximas. O transporte geralmente era feito por pequenos aviões, que usavam pistas precárias.

Por não ser pavimentada, o trânsito na Rodovia Transamazônica é impraticável nas épocas de chuva na região (entre outubro e março). O desmatamento em áreas próximas à rodovia é um sério problema criado por sua construção.

É o sonho de muitos jipeiros, pois sua precariedade instiga aos mais aventureiros sua travessia em veículos off-road.

A BR-230 corta o estado do Maranhão entre as cidades de Carolina a Barão de Grajaú, passando por Riachão,Balsas, São Raimundo das Mangabeiras, São Domingos do Azeitão, Pastos Bons, São João dos Patos, bem como o Estado do Piauí passando por Floriano, Nazaré do Piauí, Oeiras até a BR-316, na localidade Gaturiano, no Piauí, segue-se pela BR-316 até a entrada de Fronteira, no Piauí, que passa a ser a continuação da BR-230 até a cidade de Campos Sales, no Ceará. fontes de informações Guia Rodoviário 2001 e in loco.

Rodovia Transamazônica

A Rodovia Transamazônica (BR-230), projetada durante o governo do presidente Emílio Garrastazu Médici (1969 a 1974) sendo uma das chamadas "obras faraônicas" devido às suas proporções gigantescas, realizadas pelo regime militar, é a terceira maior rodovia do Brasil, com 4.000 km de comprimento, cortando os estados brasileiros do Piauí, Maranhão, Pará e Amazonas. Nasce na cidade de Cabedelo na Paraíba. É classificada como rodovia transversal. Em grande parte, a rodovia não é pavimentada.

Planejada para integrar melhor o Norte brasileiro com o resto do país, foi inaugurada em 30 de agosto de 1972. Inicialmente projetada para ser uma rodovia pavimentada com 8 mil quilometros de comprimento, conectando as regiões Norte e Região Nordeste do Brasil com o Peru e o Equador, não sofreu maiores modificações desde sua inauguração.

Os trabalhadores ficavam completamente isolados e sem comunicação por meses. Alguma informação era obtida apenas nas visitas ocasionais a algumas cidades próximas. O transporte geralmente era feito por pequenos aviões, que usavam pistas precárias.

Por não ser pavimentada, o trânsito na Rodovia Transamazônica é impraticável nas épocas de chuva na região (entre outubro e março). O desmatamento em áreas próximas à rodovia é um sério problema criado por sua construção.

É o sonho de muitos jipeiros, pois sua precariedade instiga aos mais aventureiros sua travessia em veículos off-road.

A BR-230 corta o estado do Maranhão entre as cidades de Carolina a Barão de Grajaú, passando por Riachão,Balsas, São Raimundo das Mangabeiras, São Domingos do Azeitão, Pastos Bons, São João dos Patos, bem como o Estado do Piauí passando por Floriano, Nazaré do Piauí, Oeiras até a BR-316, na localidade Gaturiano, no Piauí, segue-se pela BR-316 até a entrada de Fronteira, no Piauí, que passa a ser a continuação da BR-230 até a cidade de Campos Sales, no Ceará. fontes de informações Guia Rodoviário 2001 e in loco.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Transposição do Rio São Francisco

A transposição do rio São Francisco se refere ao polêmico e antigo projeto de transposição de parte das águas do rio São Francisco, no Brasil, nomeado pelo governo brasileiro como "Projeto de Integração do Rio São Francisco com Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional". O projeto é um empreendimento do Governo Federal, sob responsabilidade do Misterio da integração Nacional – MI. Orçado atualmente em R$ 4,5 bilhões, que prevê a construção de dois canais que totalizam 700 quilômetros de extensão. Tal projeto, teoricamente, irrigará a região nordeste e semi-arida do Brasil. A polêmica criada por esse projeto tem como base o fato de ser uma obra cara e que abrange somente 5% do território e 0,3% da população do semi-árido brasileiro e também que se a transposição for concretizada afetará intensamente o ecossistema ao redor de todo o rio São Francisco. Há também o argumento de que essa transposição só vai ajudar os grandes latifundiários nordestinos pois grande parte do projeto passa por grandes fazendas e os problemas nordestinos não serão solucionados. O principal argumento da polêmica dá-se sobretudo pela destinação do uso da água: os críticos do projeto alegam que a água será retirada de regiões onde a demanda por água para uso humano e dessendentação animal é maior que a demanda na região de destino e que a finalidade última da transposição é disponibilizar água para a agroindustria e a carcinicutura.

Aspectos geográficos e políticos

A polêmica em torno da transposição ocorre sobretudo em relação ao Eixo Norte, que prevê o desvio de águas para o Ceará. Isto porque o Eixo Leste, que levará água para Pernambuco e Paraíba utilizará rios dentro da própria bacia, o que não configura transposição. Além disto, segundo vários opositores da transposição, neste caso, há comprovada escassez para consumo humano, embora alguns questionem se não há opções mais econômicas.

O Rio São Francisco, após o ponto de captação no Eixo Leste, em seu trajeto até a foz é o limite geográfico do estado da Bahia com o estado de Pernambuco e entre Alagoas e Sergipe, constituindo-se no recurso hídrico mais importante desta região, que também é semi-árida e padece do problema de acesso à água por parte da população. A região do Baixo São Francisco, que corresponde ao trecho entre Paulo Afonso e a foz, possui municípios com os piores Ìndices de Desenvolvimento Humano do país. Após a construção das hidrelétricas no Médio São Francisco, o impacto na foz foi intensamente sentido: o mar avança rio adentro e dois povoados na foz foram destruídos, havendo a salinização do rio, o que vem prejudicando a agricultura nas margens próximas à foz. Por outro lado, o Ceará, a Paraíba e o Rio Grande do Norte são estados que não possuem rios perenes, portanto a idéia de perenizar alguns rios através da transposição ganhou grande adesão. Neste contexto, a proposta da transposição dividiu o Nordeste: de um lado, os estados doadores se posicionaram contra e os receptores, a favor. Criou-se uma disputa pelo acesso à água, recurso escasso naquela região.


Relatório de impacto ambiental

Segundo o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), divulgado pelo Ministério da Integração Nacional, o projeto visa ao fornecimento de água para vários fins, sendo que a maioria seriam dedicados à irrigação: 70% para irrigação, 26% para uso industrial e 4% para população difusa. Prevê-se que o sistema de transposição esteja em plena operação entre 15 e 20 anos do início das obras.

A área de abrangência dos impactos divulgados pelo RIMA compreende uma faixa ao longo dos canais de transposição com 5 km de largura para cada lado. Uma das críticas que se faz ao projeto é a ausência de estudos sobre os impactos na bacia doadora e seus afluentes e nas bacias receptoras.

O RIMA relatou 44 impactos ambientais previstos devido à obra. Destes 23 foram considerados os principais. São eles:

  • Impactos positivos:
  1. Aumento da água disponível e diminuição da perda devido aos reservatórios.
  2. Geração de cinco mil empregos durante a construção da obra (quatro anos), sobretudo nas cidades onde serão implantados os canteiros de obras. Entretanto, ao término das obras, não haverá um impacto significativo em termos de geração de empregos.
  3. Aumento a renda e o comércio das regiões atingidas. Durante a obra, haverá grande incremento no comércio e renda nas cidades que abrigarão os canteiros de obra. A longo prazo, a elevação do emprego e renda virão da agricultura irrigada e da indústria que serão conseqüência da transposição.
  4. Abastecimento de até 12,4 milhões de pessoas das cidades, através de sistemas de abastecimento urbano já implantados, em implantação ou em planejamento pelas autoridades locais.
  5. Abastecimento rural com água de boa qualidade. O projeto prevê a construção de chafarizes públicos em 400 localidades urbanas do sertão inseridas na região do projeto que não possuem sistema de abastecimento adequado.
  6. Redução de problemas trazidos pela seca, como a escassez de alimentos, baixa produtividade no campo e desemprego rural. 340 mil pessoas seriam beneficiadas, sobretudona Bacia do Piranhas-Açu (39%) e na bacia do Jaguaribe (29%).
  7. Irrigação de áreas abandonadas e criação de novas fronteiras agrícolas. Pode-se viabilizar, de acordo os estudos realizados, aproximadamente, 161.500 hectares, em 2025, sendo 24400 hectares para irrigação difusa ao longo dos canais e 137.100 hectares.para irrigação planejada.
  8. A qualidade da água dos rios e açudes das regiões receptoras será beneficiada com as águas do São Francisco.
  9. A oferta de água irá ajudar a fixar cerca de 400 mil pessoas no campo.
  10. Redução de doenças e óbitos gerados pelo consumo de água contaminada ou pela falta de água. Estima-se que baixará em cerca de 14.000 o número de internações provocadas por doenças de associação hídrica no ano de 2025 de uma previsão de 53 mil na ausência do projeto.
  11. Redução da pressão na infra-estrutura de saúde devido à diminuição dos casos de das doenças trazidas pelas águas impróprias.
  • Impactos negativos:
  1. Perda do emprego da população nas regiões desapropriadas e dos trabalhadores ao término das obras.
  2. Modificação nos ecossistemas dos rios da região receptora, alterando a população de plantas e animais aquáticos. A criação de ambientes aquáticos distintos dos existentes, a alteração dos volumes de água nos rios receptores promoverá uma seleção das espécies. Peixes e outros organismos aquáticos são importantes na reconstrução da história biogeográfica das bacias hidrográficas. A alteração dos ecossistemas pode impactar no conhecimento da história da região.
  3. Risco de redução da biodiversidade das comunidades biológicas aquáticas nativas nas bacias receptoras. A seleção entre as espécies exóticas e nativas das regiões receptoras pode impactar na redução de espécies nativas.
  4. Introdução de tensões e riscos sociais durante a fase de obra. No início das obras, prevê-se a perda de emprego e renda nas áreas rurais devido às desapropriações, a remoção da população das regiões onde passarão os canais, imigração para as cidades em busca de emprego nas obras. Ao término da obra, a dispensa de trabalhadores podem ser focos de conflito.
  5. A desapropriação das terras e o êxodo das regiões atingidas alterará o modo de vida e os laços comunitários de parentesco e compadrio, que são muito importantes para enfrentar as condições precárias de vida de muitas comunidades.
  6. Circulação de trabalhadores por terras indígenas de duas etnias: Truká e Pipipã, gerando interferências indesejáveis.
  7. Pressão na infra-estrutura urbana nas cidades que irão receber os trabalhadores, aumentando a demanda por moradia e serviços de saúde. O aumento do nível dos reservatórios pode provocar doenças relacionadas à água, como dengue e esquistossomose. O contato com os operários das obras podem aumentar os casos de doenças sexualmente transmissíveis.
  8. A região do projeto possui muitos sítios arqueológicos, colocando-os em risco de perda deste patrimônio devido às escavações, nas áreas a serem inundadas pelos reservatórios e no curso dos rios cujo volume será aumentado.
  9. Desmatamento de 430 hectares de terra com flora nativa e possível desaparecimento do habtat de animais terrestres habitantes destas regiões. As espécies da flora mais relevantes são Caatinga Arbórea e a Caatinga Arbustiva Densa.
  10. Introdução de espécies de peixe prejudiciais ao homem na região, como piranhas e pirambelas, que se alimentam de outros peixes e se reproduzem em água parada.
  11. A diminuição dos volumes dos açudes provocará a redução biodiversidade de peixes.
  12. Alguns rios não têm capacidade para receber o volume de água projetado, inundando os riachos paralelos.
  • Demais impactos citados no relatório:

Dos outros 21 impactos que constam no relatório, somente o primeiro listado abaixo é considerado positivo. Os demais são classificados como negativos, segundo a página 75 do RIMA. São eles:

  1. Aumento da recarga fluvial dos aqüíferos.
  2. Modificação no regime fluvial do Rio São Francisco.
  3. Redução da geração de energia elétrica no Rio São Francisco.
  4. Perda das receitas municipais que são pagos como compensação aos municípios onde se concentram as usinas hidrelétricas.
  5. Peixes e outros organismos aquáticos são importantes na reconstrução da história biogeográfica das bacias hidrográficas. A alteração dos ecossistemas pode impactar no conhecimento da história da região.
  6. Aumento das atividades de caça e diminuição da população de espécies cinergéticas devido ao desmatamento na fase de construção. Os animais ameaçados por estas atividades são os anfíbios, répteis, mamíferos e aves. Alguns destes animais encontram-se vulneráveis ou ameaçados de extinção regional, como o tatu-bola, a onça-pintada, o macaco-prego, tatuí, porco-do-mato e o tatu-de-rabo-mole.
  7. Diminuição da diversidade de fauna terrestre.
  8. Perda de terras apropriadas para agricultura.
  9. Instabilização das encostas no entorno dos corpos d´água.
  10. Geração ou incremento da erosão e carreamento de sedimentos durante a construção.
  11. Início ou aceleração dos processos de desertificação durante a operação do sistema.
  12. Alteração do comportamento hidrossedimentológico dos corpos d´água.
  13. Risco de eutrofização dos novos reservatórios.
  14. Risco de acidentes com a população durante a obra devido ao trânsito de máquinas e equipamentos.
  15. Aumento de emissão de poeira durante a construção e operação do sistema.
  16. Conflitos nas áreas de mineração pelas quais passarão as águas.
  17. Especulação imobiliária ao longo das várzeas por onde passarão os canais.
  18. Risco de acidentes com animais peçonhentos, sobretudo cobras.
  19. Aumento e/ou aparecimento de doenças: O aumento do nível dos reservatórios e das águas nos rios pode provocar doenças relacionadas à água, como dengue e esquistossomose. O contato com os operários das obras podem aumentar os casos de doenças sexualmente transmissíveis.
  20. Risco da proliferação de vetores: os canais, reservatórios e açudes são ambientes propícios ao hospedeiro da esquistossomose e vetores da dengue, malária e febre amarela.
  21. A propagação das doenças acima pode pressionar os serviços de saúde na região atingida.

Estes dados se referem ao relatório de impactos ambientais divulgados pelo governo. Segundo Jorge Khouri , então presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Sao Francisco, este estudo de impacto ambiental se refere somente aos eixos a serem implementados. Os estudos sobre os impactos na bacia doadora e nas bacias receptoras não foram efetuados. A ausência de estudos sobre os impactos na foz também é questionada. Segundo Nota Pública do Comitê, após a regularização da vazão no rio, imposta pela operação das hidrelétricas, o avanço do mar no litoral norte de Sergipe provocou a destruição de dois povoados na Foz do Rio São Francisco, em 1998 e em 2005, estando esta região bastante sensível a novas intervenções.

É necessario reafirmar que não é calculável em valores exatos os danos totais que este projeto poderia causar, portanto é certo de que a lista acima é um Sumário, de forma que a lista desses impactos -tanto os previsíveis ou os não - se estende muito mais além dos pontos citados.

OBS: o q nois achamos...

Era para ter a transposição do Rio São Francisco, com isso beneficiaria familias do sertão do Ceará para o cultivo de plantações para gerar renda para as familias ai teria como a familia do campo se sustentar com o rio, porque sem o rio eles esperam a água da chuva, mas custa a chuver no sertão, então seria o melhor para o Ceará essa transposição.


BY: 1° ano -(Bruno Max N° 6) - (Antonio Mauriellton N° 3)